Dom José Francisco Falcão de Barros comenta o Evangelho de Mateus, versículo por versículo. Reflete sobre as passagens bíblicas de Mateus 7,1-2 e um texto de Santo Agostinho:

Mateus 7, 1-2 (I) – Não julgar para não ser julgado

Μὴ κρίνετε, ἵνα μὴ κριθῆτε· ἐν ᾧ γὰρ κρίματι κρίνετε κριθήσεσθε, καὶ ἐν ᾧ μέτρῳ μετρεῖτε μετρηθήσεται ὑμῖν.
 
“Não julgueis, e não sereis julgados. Porque do mesmo modo que julgardes, sereis também vós julgados e, com a medida com que tiverdes medido, também vós sereis medidos”

“Nessa passagem, julgo que o Senhor manda-nos simplesmente interpretar no melhor sentido possível aqueles atos em que nos é duvidosa a intenção com que foi executada a ação. Quando o Senhor diz “Pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7, 16), essas palavras aplicam-se às ações cujo objetivo é manifesto.

“Não poderiam ter sido feitos com boa intenção, por exemplo, os delitos contra o pudor, as blasfêmias, os roubos, a embriaguez e outros vícios semelhantes. Sobre eles podemos julgar, na opinião do Apóstolo: ‘Acaso compete a mim julgar os que estão fora? Não são os de dentro que vós tendes de julgar?’” (1Cor 5, 12)

Santo Agostinho (354-430)
O Sermão da Montanha 2, 59