Dom José Falcão de Barros comenta o Catecismo da Igreja Católica. Reflete sobre a frase “Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”, da oração do Pai Nosso, e um texto de São João Cassiano:
“Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”. Ó bondade inefável de Deus, que não apenas nos brinda com um modelo de oração, mas também institui a regra de vida pela qual podemos ser agradáveis aos seus olhos! Ademais, por tão premente exortação, permite-nos usar constantemente essa fórmula de oração que arranca pela raiz a ira e a tristeza. Mais ainda. Ao pedirmos que nos conceda o que suplicamos, dá-nos a ocasião e nos abre o caminho para que Ele exerça sobre nós um juízo indulgente e compassivo. De certo modo, dá-nos o poder de moderar o rigor de nosso juiz e atenuar nossa sentença, uma vez que O movemos ao perdão, alegando o exemplo da nossa própria indulgência, ao dizer: ‘Perdoai-nos, como nós perdoamos’”
São João Cassiano, Collationes, 9, 22 (PL 49, 796-798)