Dom José Falcão de Barros comenta o Catecismo da Igreja Católica. Reflete sobre a frase “Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”, da oração do Pai Nosso, e um texto do Pseudo-Crisóstomo:
“Com que esperança roga, pois, o que conserva a inimizade contra o outro, por quem, por acaso, foi ofendido? Assim como mente enquanto ora, pois diz ‘perdoo’ e não perdoa, também pede perdão a Deus e não é perdoado. Mas muitos, não querendo perdoar aos que os ofendem, evitam fazer esta oração. Tolos! Primeiramente, porque o que não ora assim, como ensinou Cristo, não é discípulo de Cristo. Segundo, porque o Pai não ouve com gosto a oração que o Filho não prescreveu: com efeito, o Pai conhece o sentido e as palavras de seu Filho e não recebe as que inventa a prática humana, mas sim as que a sabedoria de Cristo expôs”
Pseudo-Crisóstomo, Opus imperfectum in Matthaeum, 14 (PG 56, 714)