Dom José Falcão de Barros comenta o Catecismo da Igreja Católica. Reflete sobre a frase “Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”, da oração do Pai Nosso, e um texto de Santo Tomás de Aquino:
“O Espírito Santo ensina aos pecadores esta oração, pedindo: ‘Perdoai as nossas dívidas, assim como nós perdoamos os nossos devedores’. Além disso, devemos verdadeiramente a Deus aquilo a que Ele tem direito e que nós lhe recusamos. Ora, o direito de Deus exige que façamos Sua vontade, preferindo-a à nossa vontade. Ofendemos, portanto, seu direito, quando preferimos nossa vontade à sua, e isto é o pecado. Assim os pecados são nossas dívidas para com Deus. E o Espírito Santo nos aconselha que peçamos a Deus o perdão de nossos pecados e por isso dizemos: ‘Perdoai as nossas dívidas’. Sobre estas palavras, podemos fazer três considerações: a) Primeiro, por que fazemos este pedido? b) Segundo, quando será realizado? c) Terceiro, que devemos fazer para que Deus realize nosso pedido?
Santo Tomás de Aquino, In orationem dominicam, 64-74