Dom José Falcão de Barros comenta o Catecismo da Igreja Católica. Reflete sobre a frase “Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”, da oração do Pai Nosso, e um texto do Papa Francisco:
“Se amares é porque alguém, ao teu redor, te sorriu quando eras uma criança, ensinando-te a responder com um sorriso. Se amas é porque alguém ao teu lado te despertou para o amor, fazendo-te compreender que nele reside o sentido da existência. Procuremos ouvir a história de alguma pessoa que errou: um preso, um condenado, um drogado… conhecemos tantas pessoas que erram na vida. À exceção da responsabilidade, que é sempre pessoal, algumas vezes podemos perguntar quem deve ser culpado pelos seus erros, se unicamente a sua consciência, ou a história de ódio e de abandono que alguém carrega consigo. E isto é o mistério da lua: amemos antes de tudo porque fomos amados, perdoemos porque fomos perdoados. E se alguém não foi iluminado pela luz do sol, torna-se gélido como o terreno no inverno. Como não reconhecer, na corrente de amor que nos precede, também a presença providencial do amor de Deus? Nenhum de nós ama Deus quanto Ele nos amou. É suficiente pôr-se diante de um crucifixo para compreender a desproporção: Ele amou-nos e ama-nos sempre primeiro. Portanto, rezemos: Senhor, até o mais santo no meio de nós não deixa de ser teu devedor. Ó Pai, tem piedade de todos nós!”
Papa Francisco, Audiência geral, 10/04/2019