Dom José Falcão de Barros comenta o Catecismo da Igreja Católica. Reflete sobre a frase “Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”, da oração do Pai Nosso, e um texto de São Cirilo de Jerusalém:
“Cometemos tantas culpas em palavras, pensamentos e em tantas obras dignas de condenação; como diz João: ‘Se dissermos que não temos pecado, mentimos’ (1Jo 1,
8). Pedindo a Deus que nos perdoe como também nós perdoamos as dívidas do próximo, fazemos com o Senhor um pacto de mútuo perdão, vantajoso para nós. Ponderando a utilidade que isso nos traz com aquilo que damos em troca, não se pode hesitar ou tergiversar: porque as ofensas dos outros contra nós são coisas poucas, leves e veniais, em comparação com as culpas graves cometidas por nós contra Deus, sem perdão se não interviesse a sua misericórdia. Então presta atenção! Por teres recebido ofensas pequenas e leves, não feches a porta ao perdão de Deus para os teus graves pecados”
São Cirilo de Jerusalém, Catecheses mystagogicae, 23(5), 16 (PG 33, 1119-1120)