Dom José Falcão de Barros comenta o Catecismo da Igreja Católica. Reflete sobre a frase “Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”, da oração do Pai Nosso, e um texto de Santo Agostinho:
“Vem, em seguida, o quinto pedido, que diz: E perdoa-nos as nossas dívidas, como também perdoamos aos nossos devedores. É claro que o Senhor denomina dívidas, aqui, aos pecados. No mesmo sentido, ele disse: Em verdade, te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo (Mt 5, 26). E ele chamou de devedores aqueles sobre os quais foi anunciado que tinham perecido na queda da torre, como também aqueles cujo sangue o rei Herodes misturara com o dos sacrifícios. Perguntou-lhes se eles acreditavam que esses homens eram mais pecadores do que os outros. E acrescentou: Não, eu vos digo, mas se não vos converterdes, perecereis todos de modo semelhante (Lc 13, 5). Consequentemente, o Senhor dá-nos aqui uma ordem para perdoar não precisamente em questão de dinheiro, mas em relação às ofensas que possam nos fazer, até em questão pecuniária”.
Santo Agostinho, De sermone Domini in monte, 2, 8, 28-29 (PL 34, 1281-1282)