Dom José Falcão faz uma reflexão sobre a hora de Cristo. Cita os seguintes textos:

“O Pai me ama, porque dou a minha vida para a retomar. Ninguém a tira de mim, mas eu a dou de mim mesmo e tenho o poder de a dar, como tenho o poder de a reassumir. Tal é a ordem que recebi de meu Pai”.
João 10,17-18

“Ele mesmo sabia quando deveria morrer. Ele prestou atenção a tudo que fora predito a Seu respeito e esperava que findasse tudo quanto se predisse como havendo de realizar-se antes de Sua paixão; de modo que, uma vez que tudo fosse realizado, então Sua paixão, ela também, se realizasse conforme a ordem de uma disposição, não conforme a uma necessidade fatal. […]. O Senhor tomou a Sua carne, quando quis, no seio virginal; apareceu entre os homens, quando quis; viveu entre os homens pelo tempo que quis, e, quando o quis, deixou a carne: isso é indício de potestade, não de necessidade. Ele esperava essa hora, não como uma fatalidade, mas como um tempo oportuno e voluntário, de modo que se cumprissem, primeiro, todas as coisas que deviam cumprir-se antes de Sua paixão. Na verdade, como poderia estar sob a necessidade do fado Aquele que disse em outra passagem: “Tenho o poder de entregar a minha vida e o poder de retomá-la. Ninguém ma arrebata, mas eu a dou livremente e, de novo, a tomo?” (Jo 10,17-18)
Santo Agostinho (354-430)
Comentário ao Evangelho segundo João
Tratado 37, 9

“O Pai ama o Filho e confiou-lhe todas as coisas”.
João 3,35

Pilatos então lhe disse: “Tu não me respondes? Não sabes que tenho poder para te soltar e para te crucificar?” Respondeu Jesus: “Não terias poder algum sobre mim, se de cima não te fora dado. Por isso, quem me entregou a ti tem pecado maior”.
João 19,10-11

Três dias depois, celebravam-se bodas em Caná da Galileia, e achava-se ali a mãe de Jesus. Também foram convidados Jesus e os seus discípulos. Como viesse a faltar vinho, a mãe de Jesus disse-lhe: “Eles já não têm vinho”. Respondeu-lhe Jesus: “Mulher, isso compete a nós? Minha hora ainda não chegou”.
João 2,1-4

Enquanto ensinava no templo, Jesus exclamou: “Ah! Vós me conheceis e sabeis de onde eu sou!… Entretanto, não vim de mim mesmo, mas é verdadeiro aquele que me enviou, e vós não o conheceis. Eu o conheço, porque venho dele e ele me enviou. Procuraram prendê-lo, mas ninguém lhe deitou as mãos, porque ainda não era chegada a sua hora”.
João 7,28-30

Perguntaram-lhe: “Onde está teu Pai?” Respondeu Jesus: “Não conheceis nem a mim nem a meu Pai; se me conhecêsseis, certamente conheceríeis também a meu Pai”. Estas palavras proferiu Jesus ensinando no templo, junto aos cofres de esmola. Mas ninguém o prendeu, porque ainda não era chegada a sua hora.
João 8,19-20

Respondeu-lhes Jesus: “É chegada a hora para o Filho do Homem ser glorificado. Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caído na terra, não morrer, fica só; se morrer, produz muito fruto”.
João 12,23-24

“O Pai me ama, porque dou a minha vida para a retomar. Ninguém a tira de mim, mas eu a dou de mim mesmo e tenho o poder de a dar, como tenho o poder de a reassumir. Tal é a ordem que recebi de meu Pai”.
João 10,17-18

Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo ao Pai, como amasse os seus que estavam no mundo, até o extremo os amou.
João 13,1

Jesus afirmou essas coisas e depois, levantando os olhos ao céu, disse: “Pai, é chegada a hora. Glorifica teu Filho, para que teu Filho glorifique a ti; e para que, pelo poder que lhe conferiste sobre toda criatura, ele dê a vida eterna a todos aqueles que lhe entregaste”.
João 17,1-2

Voltando pela terceira vez, disse-lhes: “Dormi e descansai. Basta! Veio a hora! O Filho do homem vai ser entregue nas mãos dos pecadores”.
Marcos 14,41

“Entretanto, eu estava todos os dias convosco no templo, e não estendestes as mãos contra mim; mas esta é a vossa hora e do poder das trevas”.
Lucas 22,53

“A liberdade é o poder, baseado na razão e na vontade, de agir ou não agir, de fazer isto ou aquilo, portanto, de praticar atos deliberados. Pelo livre-arbítrio, cada qual dispõe sobre si mesmo. A liberdade é, no homem, uma força de crescimento e amadurecimento na verdade e na bondade. A liberdade alcança sua perfeição quando está ordenada para Deus, nossa bem-aventurança. Enquanto não se tiver fixado definitivamente em seu bem último, que é Deus, a liberdade comporta a possibilidade de escolher entre o bem e o mal, portanto, de crescer em perfeição ou de definhar e pecar. Ela caracteriza os atos propriamente humanos. Toma-se fonte de louvor ou repreensão, de mérito ou demérito”.
Catecismo da Igreja Católica, ns. 1731 / 1732

Ecclesia:
O Ecclesia é um programa de catequese que aborda temas relacionados a doutrina e a fé da Igreja Católica.
A partir da história da Igreja, procura-se desvendar os mistérios da fé, dialogando sobre a doutrina, vida dos santos, dogmas, devoções e as principais festas do calendário litúrgico.
É um programa para todo católico aprender e aprofundar seus conhecimentos no mistério divino, a fim de viver de fato a Igreja católica.

 

Programa inédito: terça, 19h30.
Reprise: domingo, 9h30 e 19h.