Frei Gilson e Dom José Falcão refletem sobre os quatro Evangelhos e os Padres da Igreja. Parte IV:
“Convém chamar o Evangelho segundo Mateus de livro de moral, uma vez que os costumes morais se dizem, com propriedade, do homem e não de outro ser. Marcos é reconhecido sob a figura do leão, uma vez que inicia seu relato com a expressão do poder divino nestes termos: Princípio do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus (Mc 1,1). A João atribui-se a figura da águia, pois exprimiu os milagres da ressurreição divina”
Santo Ambrósio (340-397)
Commentarium in Lucam, prefacio
“Bastava que um só evangelista tivesse dito tudo. Todavia, falando todos pela mesma boca, ainda que não nos mesmos tempos nem nos mesmos lugares, e sem colocarem-se antes de acordo, seu testemunho é feito da força máxima da verdade. Mesmo aquilo em que parecem discordar acerca de pequenos pontos é a melhor prova de sua veracidade, já que, se em tudo estivessem acordes, pensariam os adversários que houve entre os autores um entendimento prévio para escrever o que escreveram, como se obedecessem a uma resolução. Em todo o principal, isto é, em tudo o que concerne à informação da vida ou à pregação da fé, não estão de modo algum em desacordo, mesmo nos mínimos detalhes. Se, a respeito dos milagres, um mencionou estes, o outro aqueles, não há razão para que te perturbes, pois se um só tivesse dito tudo, os demais seriam supérfluos. E se todos tivessem narrado fatos diversos, de modo nenhum poderia manifestar-se sua conformidade. No tocante às variantes de tempo e do modo como são narrados os fatos, isto não prejudica a verdade do que é dito”
São João Crisóstomo (347-407)
Homiliae in Matthaeum, 1, 2
Jesus respondeu: “É aquele a quem eu der o pão embebido”. Em seguida, molhou o pão e deu-o a Judas, filho de Simão Iscariotes. Logo que ele o engoliu, Satanás entrou nele. Jesus disse-lhe, então: “O que queres fazer, faze-o depressa”.
João 13, 26-27
Eis aqui uma recomendação que te dou, meu filho Timóteo, de acordo com aquelas profecias que foram feitas a teu respeito: amparado nelas, sustenta o bom combate, com fidelidade e boa consciência, que alguns desprezaram e naufragaram na fé. É o caso de Himeneu e Alexandre, que entreguei a Satanás, para que aprendam a não blasfemar.
1 Timóteo 1, 18-20
Mortificai, pois, os vossos membros no que têm de terreno: a devassidão, a impureza, as paixões, os maus desejos, a cobiça, que é uma idolatria.
Colossenses 3, 5