Dom José Francisco Falcão de Barros reflete o Salmo 2,5-7 e cita textos de Santo Agostinho, Cassiodoro, Romanos 1,18 e Lucas 3,21-22:
Dirigindo-se a eles em cólera, ele os aterra com o seu furor
Salmo 2,5
“Ira e furor do Senhor não são perturbação da mente e sim força vindicativa, inteiramente justa, pois serve-o submissa toda a criação. Principalmente se considere e mantenha o que consta nos escritos de Salomão: ‘Senhor poderoso, julgas com tranquilidade, e tudo dispões com grande indulgência’ (Sb 12, 18). A ira de Deus, portanto, é a comoção da alma, conhecedora da lei de Deus, ao ver o pecador transgredir a mesma lei. Grande é a reivindicação desta comoção das almas justas. Ainda é possível entender a ira de Deus como o próprio obscurecimento da mente dos transgressores da lei de Deus”
Santo Agostinho (354-430)
Enarrationes in Psalmos, 2, 4
“A ira de Deus se manifesta do alto do céu contra toda a impiedade e perversidade dos homens, que pela injustiça aprisionam a verdade”
Romanos 1,18
“Deus julga na calma e confunde sem abandonar o seu amor paterno. Ele não é tomado pela ira por causa de uma crescente emoção contra os ímpios, mas afasta deles os efeitos da sua graça. É dessa forma que o castigo dos pecadores é chamado ‘ira de Deus’. A santa divindade não experimenta emoções, mas permanece sempre eterna e imutável. A mudança de humor é própria da fragilidade humana, tanto que uma pessoa se torna triste depois de estar alegre, irada depois de pacífica, hostil depois de bem-disposta. Aqui se faz referência ao momento em que Ele virá para julgar o mundo. Assim, as palavras ‘ira’ e ‘furor’ vêm propriamente usadas, quando os pecadores forem julgados em base aos seus méritos”
Cassiodoro (490-581)
Exposição dos Samos, 2, 6
Sou eu, diz, quem me sagrei um rei em Sião, minha montanha santa
Salmo 2,6
“‘Sou eu, diz, quem me sagrei um rei em Sião, minha montanha santa’. Trata-se, evidentemente, da pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo. Se, conforme a opinião de alguns, a palavra ‘Sião’ significa contemplação, a nada mais devemos aplicá-la do que à Igreja, onde cotidianamente a atenção do espírito se eleva à contemplação da glória de Deus, segundo diz o Apóstolo: ‘E nós todos que, com a face descoberta, contemplamos a glória do Senhor’ (2 Coríntios 3, 18). O sentido é, portanto, o seguinte: Eu, porém, fui por ele constituído rei de sua santa Igreja, denominada montanha, devido à elevação e à firmeza. ‘Sou rei quem me sagrei um rei’, eu cujas cadeias eles pretendiam quebrar e cujo jugo queriam sacudir”
Santo Agostinho (354-430)
Enarrationes in Psalmos, 2, 5
Vou publicar o decreto do Senhor. Disse-me o Senhor: Tu és meu filho, eu hoje te gerei
Salmo 2,7
“Quando todo o povo ia sendo batizado, também Jesus o foi. E estando ele a orar, o céu se abriu e o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como uma pomba; e veio do céu uma voz: ‘Tu és o meu Filho; eu, hoje, te gerei’”
Lucas 3,21-22
Luz da Vida:
O programa Luz da Vida nasceu da necessidade de proclamar o nome santo de nosso Senhor Jesus Cristo, de levar a todos os corações a certeza de que não existe outro nome debaixo do céu pelo qual devamos ser salvos: Jesus Cristo.
“Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida” (Mt 8, 12). Foi essa passagem bíblica que inspirou a criação e o nome do programa, que tem uma finalidade simples e audaciosa: apresentar Jesus Cristo como Caminho, Verdade e Vida. Como Luz que ilumina a vida de todos nós.
A cada programa, Dom José Falcão de Barros apresenta um tema diferente, abordando questões espirituais e materiais da vida hodierna, à luz do Evangelho de Jesus Cristo, da doutrina, do magistério e da tradição da Igreja Católica Apostólica Romana.