Os salmos na nossa vida – Salmo 8 – A glória do Criador nos esplendores da Criação
Dom José Francisco Falcão de Barros reflete o Salmo 8,2-3:
“Ó Senhor, nosso Deus, como é glorioso vosso nome em toda a terra! Vossa majestade se estende, triunfante, por cima de todos os céus”.
Salmo 8,2
“Maravilhoso é o nome de Deus. Graças a esse nome foi vencida a morte, os demônios foram aprisionados, os céus se abriram, as portas do paraíso se escancararam, o Espírito desceu sobre nós, os escravos se tornaram livres, os inimigos se fizeram filhos, os estrangeiros se tornaram herdeiros, os seres humanos se fizeram anjos. Por que fala de anjos? Deus se tornou homem, e o homem fez-se Deus; os céus aceitaram a natureza da terra, a terra aceitou que alguém se sentasse acima dos querubins, junto aos demais anjos. O muro foi removido, a divisão foi abolida, o que estava separado foi reunido, as trevas desapareceram, a luz brilhou, a morte foi derrotada”.
São João Crisóstomo (347-407)
Comentário aos Salmos, 8, 1
Da boca das crianças e dos pequeninos sai um louvor que confunde vossos adversários, e reduz ao silêncio vossos inimigos.
Salmo 8,3
“Se não vos transformardes e vos tornardes como criancinhas, não entrareis no Reino dos Céus. Aquele que se fizer humilde como esta criança será maior no Reino dos Céus”.
Mateus 18,3-4
“‘Da boca das crianças e dos pequeninos sai um louvor que confunde vossos adversários’. Por crianças e lactentes tomo apenas as mencionadas pelo Apóstolo: ‘Dei-vos a beber leite, como a criancinhas em Cristo, e não alimento sólido’ (1Cor 3, 1.2). Eram representadas pelas que precediam o Senhor com louvores, a respeito das quais testemunhou o Senhor, quando, ao pedirem os judeus que as repreendesse, respondeu: ‘Nunca lestes que: Da boca das crianças e lactentes tirastes um louvor perfeito’? (Mt 21, 16). Com justeza não disse: Tiraste um louvor, e sim: ‘Tiraste um louvor perfeito’. Nas igrejas existem os que já não bebem leite, mas tomam alimento sólido. Acerca destes declara o Apóstolo: ‘É realmente de sabedoria que falamos entre os perfeitos’ (1Cor 2, 6).
Mas as igrejas não se perfazem apenas com esses tais, porque se fossem somente eles, não se cuidaria do bem do gênero humano. Vela-se por estes, porém, quando os ainda incapazes do conhecimento das coisas espirituais e eternas se nutrem da fé na história temporal, realizada em prol de nossa salvação, após a atuação dos patriarcas e dos profetas, pela excelsa Virtude e Sabedoria de Deus, e pelo mistério da natureza humana assumida. Nesta fé está a salvação de cada fiel. Este, aceitando tal autoridade, cumpra os preceitos e assim purificado, arraigado e baseado na caridade, possa com os santos (uma vez que não é mais criancinha nutrida com leite, mas jovem sustentado com alimento sólido) correr, compreender qual seja a largura, o comprimento, a altura e profundidade, e conhecer enfim a supereminente ciência da caridade de Cristo (Ef 3, 18.19).
‘Da boca das crianças e dos pequeninos sai um louvor que confunde vossos adversários’. Devemos tomar em geral por inimigos desta economia de Jesus Cristo, de Jesus Cristo crucificado, todos aqueles que impedem o homem de acreditar em coisas desconhecidas e prometem uma ciência certa, como fazem todos os hereges e os que a superstição dos pagãos denomina filósofos. Não digo que seja censurável a promessa de ciência, mas que eles julguem desprezíveis os degraus salutíferos e necessários da fé, pelos quais importa subir a uma segura meta, que só pode ser eterna.
Evidencia-se com isto não terem nem mesmo a ciência que prometem, depreciando a fé, porque ignoram esses degraus tão úteis e necessários. Da boca das crianças e lactentes nosso Senhor tirou um louvor perfeito, mandando primeiro dizer pelo profeta: ‘Se não acreditardes, não entendereis’ (Is 7, 9, seg. os LXX) e Ele mesmo, em pessoa, disse: ‘Felizes os que não viram e hão de crer’ (Jo 20, 29). ‘E reduz ao silêncio vossos inimigos’, contra os quais também se diz: ‘Eu te louvo, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e as revelaste aos pequeninos’” (Mt 11, 25).
Santo Agostinho (354-430)
Enarrationes in Psalmos, 8, 5-6
Luz da Vida:
O programa Luz da Vida nasceu da necessidade de proclamar o nome santo de nosso Senhor Jesus Cristo, de levar a todos os corações a certeza de que não existe outro nome debaixo do céu pelo qual devamos ser salvos: Jesus Cristo.
“Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida” (Mt 8, 12). Foi essa passagem bíblica que inspirou a criação e o nome do programa, que tem uma finalidade simples e audaciosa: apresentar Jesus Cristo como Caminho, Verdade e Vida. Como Luz que ilumina a vida de todos nós.
A cada programa, Dom José Falcão de Barros apresenta um tema diferente, abordando questões espirituais e materiais da vida hodierna, à luz do Evangelho de Jesus Cristo, da doutrina, do magistério e da tradição da Igreja Católica Apostólica Romana.