Dom José Francisco Falcão de Barros explica os Novíssimos: Morte, Juízo, Inferno e Paraíso. O Paraíso 50. Faz uma reflexão sobre o Tratado do Purgatório (16 e 17), de Santa Catarina de Gênova:

 

Conhecimentos Inexprimíveis
“E, assim, ratifico que isto que eu fui capaz de compreender ainda em vida, a qual me parece de tanta pobreza que qualquer visão daqui de baixo, cada palavra, todo o sentimento, toda imaginação, toda justiça, toda a verdade, parece-me mais mentira do que verdade. E de quando decidi dizer fiquei ainda mais confusa do que satisfeita”.

“Porém, se não me expresso em melhores termos, é porque não os encontro. Tudo o que foi dito aqui, em comparação do que capta a mente, não é nada. Eu vejo uma conformidade tão grande de Deus com a alma, que, quando Ele a vê naquela pureza em que a criou, dá-lhe, de certo modo atrativo, um ardente amor, que seria suficiente para aniquilá-la, embora ela seja imortal”.

“E isso faz com que a alma de tal forma se transforme no próprio Deus, que não parece, mas que é Deus. Ele continuamente vai atraindo ela e inflamando-a no seu fogo, e não a deixa nunca, até que a tenha conduzido àquele ser primitivo, ou seja, para aquela perfeita pureza, na qual ela foi criada”
Tratado do purgatório, 16
Santa Catarina de Gênova

 

O tormento de um amor tardio
“Quando a alma, pela visão interior, se vê assim atraída por Deus com tanto fogo de amor, que resulta em sua mente, se sente derreter toda no calor do amor do seu doce ardente Deus. E ver que Deus, apenas pelo puro amor, nunca deixa de atrair e trazê-lo para a sua total perfeição”.

“Quando a alma vê isso, manifestando-se Deus com a sua luz; quando encontra em si mesma o impedimento que não permite que ela siga essa atração, aquele olhar unitivo que Deus a dirigiu para atrai-la; e quando, com aquela luz que lhe faz ver o que realmente importa, está presa para poder seguir a força atrativa daquele olhar unitivo, se gera nela a pena que sofrem aqueles que estão no purgatório”.

“E não é que elas façam consideração de sua pena, mesmo que na realidade seja muito grande, mas que a estimam, sobretudo a oposição que se encontraram contra a vontade de Deus, que a veem claramente inflamadas de um extremo e puro amor para com elas. Ele as atrai tão fortemente com o seu olhar unitivo, como se não houvesse outra coisa a fazer a não ser isto”.

“Por isso, a alma que vê isso, se acha em outro purgatório maior que o purgatório, a fim de se livrar mais rapidamente daquele impedimento, ali se lançaria dentro, pelo ímpeto daquele amor, que a deixa em conformidade a Deus e a alma”
Tratado do purgatório, 17
Santa Catarina de Gênova

 

Luz da Vida:
O programa Luz da Vida nasceu da necessidade de proclamar o nome santo de nosso Senhor Jesus Cristo, de levar a todos os corações a certeza de que não existe outro nome debaixo do céu pelo qual devamos ser salvos: Jesus Cristo.

“Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida” (Mt 8, 12). Foi essa passagem bíblica que inspirou a criação e o nome do programa, que tem uma finalidade simples e audaciosa: apresentar Jesus Cristo como Caminho, Verdade e Vida. Como Luz que ilumina a vida de todos nós.

A cada programa, Dom José Falcão de Barros apresenta um tema diferente, abordando questões espirituais e materiais da vida hodierna, à luz do Evangelho de Jesus Cristo, da doutrina, do magistério e da tradição da Igreja Católica Apostólica Romana.